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A Frágil Arte de Ser Mãe
11-05-2013 21:13A mulher da à luz há muitos e muitos mil anos, desde que o mundo é mundo, bem antes mesmo do tempo das cavernas, quando o homem ainda não era nômade. Nessa época pensava-se que a mulher engravidava dos deuses, nem “passava pela cabeça” de um deles que poderia ser do ato sexual, os quais praticavam sem saber o que estavam fazendo, simplesmente pelo prazer. Uma época que a mulher nem sabia o que era ser mãe, e o homem nem imaginava o que significava ser pai. Sabia o homem que naquele momento efêmero de prazer, estaria ele e a mulher contribuindo para uma nova vida. Trazer essa estória para poder entrar em algo histórico e enternecedor que é o poder de dar a vida a outro ser humano, sim à mulher que em sua natureza trás consigo a mais bela das artes da mãe natureza.
Deus quando a fez deve ter olhado para si e pensado, “Tenho que criar alguém forte e guerreira que Me represente para cuidar de algo tão sensível e singelo”, será conhecida como mãe. E assim escolheu a mulher que tem bravura emocional quando tudo dá errado, audácia para "fugir" quando necessário, e ousadia para protagonizar sua história na luta que é a vida. Sabe-se que nem toda mulher vai ser mãe, umas porque não podem outras porque não querem, contudo não se sentem preparadas para criar e educar uma criança, que de fato não é algo simples principalmente em dias atuais. Tem mulher que quer ser mãe biológica e não pode por motivos maiores, mas, para essas Deus deu um jeitinho de colocar em seu caminho crianças abandonadas por suas mães, sabendo que essa mulher é merecedora do amor de uma criança, e que com tanto amor que ela traz em seu coração não terá filhos mais felizes do que o adotivo, pois esse imenso amor transcenderá os limites da vida. Acredito que ser um filho adotivo é algo inebriante, pois a vida por si só ensina que o amor é algo além do sangue, que o amor é algo em construção tanto no ventre quanto fora dele. O amor de mãe para filho e vice-e-versa perpassa a linha do tempo e da adoção, a certeza de uma nova amizade consagrada no amor de Deus e na absoluta confiança de um amor que permanecerá além da vida. O filho adotivo é alguém escolhido por Deus, pois ele o coloca no caminho da mãe, mas principalmente a mãe que diante de tantas crianças escolhe aquele que a atrai pelo coraçãozinho e pelo olhar que lhe diz “você me fará feliz e eu te farei feliz e te cuidarei até que a morte me surpreenda e te leve de mim”.
Tem mães que perdem seus filhos para a morte, ficando um vazio eterno, o coração adoece mesmo tendo muitos outros filhos, elas sofrem e muitas vezes caladas, sofrem a dor da perda de um amor que é parte delas, porém de sangue ou não, filho é um pedacinho de sua mãe. E os filhos que perderam suas mães, sabem que perderam além de uma grande amiga e companheira, uma heroína que a vida de alguma forma lhes deu. A reciprocidade do amor materno é inigualável a qualquer outro amor, pois é puro, gratuito e sem ódio ou rancor. É o amor mais saudável, digno e transparente que Deus criou e que existe na face da terra.
Por isso neste dia 12 de maio de 2013 que se comemora o dia das mães, mesmo as que já se encontram nos braços de Deus sintam-se abraçadas pelos filhos que as trazem no coração, pois ali vocês estarão sempre presentes.
Feliz Dia das Mães
Vanderléia Rieger Duarte
Acadêmica de Teologia/IMT/URI
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