Formação Litúrgica

Oração Eucarística: Prefácio: Segunda e terceira parte

Na formação passada falamos sobre a primeira parte do Prefácio, deixando para esta a segunda e terceira. No que se refere a segunda parte, esta corresponde propriamente ao núcleo do Prefácio. Aí encontramos a razão da ação de graças da Igreja e o sentido da comemoração que, naquela precisa Eucaristia, elevamos ao Senhor. Assim, se celebramos a festa de um santo, proclamamos aí que damos graças porque, através das obras daquela pessoa santificada, o Senhor Deus fez resplandecer na Igreja e no mundo inteiro a sua salvação de maneira incomparável. Ou então, se celebramos uma festa do Senhor Jesus, afirmamos que Cristo, vivendo de modo admiravelmente aquele determinado mistério, levou à plenitude o desígnio salvífico do Pai. Vejamos a seguir a segunda parte do Prefácio, conforme a Oração Eucarística II do Missal Romano: "Ele é vossa Palavra viva, pela qual tudo criastes. Ele é o nosso salvador e Redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria. Ele, para cumprir a vossa vontade, e reunir um povo santo em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a morte e manifestar a ressurrei- ção" (núcleo do prefácio). A terceira e última parte do Prefácio é a sua conclusão. Aí, nosso louvor sempre desemboca no canto dos coros celestes, à maneira de quanto vemos aparecer na Carta aos Hebreus, pois em cada Eucaristia somos já solenemente convocados a participar, muito embora ainda peregrinos nessa terra, da esplendorosa plenitude da liturgia celeste. Também aqui, de forma muito semelhante a quanto sucedida na introdução, a conclusão adquire uma configuração bastante característica, que se repete quase sempre: "Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, dizendo (cantando) a uma só voz" (conclusão do Prefácio).