25º DOMINGO DO TEMPO COMUM
TRABALHADORES DE ÚLTIMA HORA
No Evangelho deste domingo temos duas grandes lições:
1- O ciúme dos trabalhadores que chegaram primeiro com relação aos que chegaram na última hora e que ganharam o mesmo salário.
2-A tendência daqueles trabalhadores enciumados de determinar o modo de justiça do rei, que representa o próprio Deus para nós.
1-Ciúme: o ciúme é um processo psicológico pertinente à natureza humana. É um sentimento de perda do prestígio por uma substituição pessoal. Exemplo: O filho ou a filha mais velha fica enciumada quando o carinho e a atenção dos pais se voltam para o novo bebê que acaba de nascer. O ciúme é um processo mental até certo ponto natural. Ele é primordialmente manifestado no amor. O namorado, o marido, tem ciúmes da namorada e da esposa, assim como a namorada, a esposa sente ciúmes do namorado e do marido. O contrário do ciúme é a indiferença. Se você olhar para outra mulher e sua namorada não sentir nada, não falar nada, ela ficou indiferente, isso é sinal de que ela não o ama mais.
Ciúme doentio – É uma manifestação de ciúmes exagerada, parecida com a esquizofrenia, acompanhada de raiva, violência, que pode acabar em crimes, como o vemos diariamente nos noticiários. O marido enciumado mata a esposa. O namorado enciumado bate na namorada. O amante não se conforma com a separação, e mata a mulher. Porque a mulher é sempre a vítima? Porque é fisicamente a parte mais fraca, pelo menos é o que pensa o macho violento.
2-Questionar a justiça de Deus- Os trabalhadores enciumados questionaram a justiça do rei, que deveria ter pago a eles mais do que pagou aos trabalhadores da última hora. Eles ficaram indignados, inconformados, revoltados com isso, igual a muitas pessoas ficam com a justiça de Deus para com elas.
Já conheci muitas pessoas deficientes revoltadas que odiavam a si e ao mundo, mais na verdade odiavam Deus por ter lhes feito assim.
Assim, aquela moça feia olha para a outra moça linda, e pensa: porque Deus deu a ela tanta beleza e me criou tão feia?
O pobre quando passa um rico com o seu carrão: Porque Deus fez isso comigo? Ele é tão rico e eu sou tão pobre?
Na sala de aula, aquele menino que não consegue entender e fazer as lições de3 matemática, questiona a justiça de Deus, pensando: por que eu nasci assim? Porque eu não sou tão inteligente como os demais alunos?
O negro, pensa: puxa vida! Muitos me discriminam veladamente... por que eu não branco como todos os demais?
Prezados irmãos. Esse tipo de questionamento acontece pela falta de conhecimento dos desígnios de Deus. Pela ignorância quanto a palavra ensinada por Jesus. Quando não conhecemos o Evangelho, agimos dessa maneira com relação à justiça de Deus.
Perto da minha casa sempre fica um jovem pretinha e aleijada pedindo esmola no semáforo. Com suas duas bengalas, a perninha atrofiada e torta é encostada em uma das bengalas. Os carros param e ela com um lindo sorriso se aproxima com muita educação dos motoristas para pedir uma ajuda. Sempre que posso, ao passar por ela , puxo conversa. Ela é de uma outra cidade vizinha, disse eu mora sozinha e Deus. Aliás, sem fala em Deus. Ao agradecer a esmola, diz: Que Deus lhe ajude, Que Deus lhe pague... é uma pessoa conformada com O Criador, pelo fato dele a ter criado assim. Apesar do seu estado de deficiência física, está sempre sorridente.
Amigos. Nunca devemos nos revoltar com Deus pelo que temos e somos. Porque na verdade, cada um de nós tem muito mais do que merecemos. Ou, se não temos, ou não somos, isso faz parte do plano de Deus para conosco.