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5º DOMINGO DO TEMPO COMUM- 05 de fevereiro-JESUS CUROU A SOGRA DE PEDRO

31-01-2012 20:45

Nas leituras deste domingo, reflitamos sobre dois pontos:

a-     A  compaixão de Jesus pelos doentes, e o seu poder de cura;
b-     A necessidade de pregarmos o Evangelho.
Jesus simplesmente segurou a mão da sogra de Pedro e a febre desapareceu. Porque Jesus tem poder, porque Jesus é o próprio Deus. E pensar que Ele nos passou o poder de cura, ao dizer: “ Se tiveres fé, poderei fazer tudo o que eu faço...”
            Podemos impor as nossas mãos sobre um doente, e pedir por ele, pela sua recuperação, pela sua conversão, pela sua salvação.  E podemos até conseguir um milagre. Porém, o que nos atrapalha é a nossa fraca fé. É aquela dúvida que passa como uma sombra, como um pano de  fundo na nossa mente, dizendo. Você? Quem é você para fazer isso? Você não se enxerga não? 
            Caríssimo leitor. Se realmente estivermos com Deus, seguindo, praticando e ensinando  os seus mandamentos,  nós conseguimos curar. Não com a intenção de dar uma demonstração de poder,  mais com o objetivo para aliviar o sofrimento do irmão, da irmã. Mas o que na realidade acontece, é que depois da primeira cura que fizermos, seremos tomados por uma sensação de poder, de  santidade, e até passaremos a  ter uma outra postura diante das pessoas!  E é aí que está a nossa fraqueza, e a nossa fragilidade, e conseqüentemente, o fracasso!
            No segundo ponto de reflexão, acontece a mesma coisa. Como Paulo nos diz, pregar o Evangelho não deve ser para nós, motivo de glória, de poder diante das pessoas, ou de importância social. Pelo contrário, quem prega o Evangelho, deve se sentir, deve ser uma pessoa humilde, que está fazendo uma coisa que simplesmente deve ser feita, uma tarefa que é uma imposição, ou uma obrigação, e não devemos nos sentir uma pessoa especial. Porque ai de nós se não pregarmos o Evangelho de algum modo: seja pela palavra, seja pelo nosso exemplo ou testemunho de vida.
            Nunca devemos pregar o Evangelho por uma iniciativa própria, ou, para ganhar fama e dinheiro.  Nunca para explorar os humildes, para lhes tirar o seu pouco dinheirinho, pois é o mesmo que lhes tirar o pão de suas bocas. Nunca inventar uma religião, dando-lhe um bonito nome, com o objetivo de  enganar os ingênuos, oferecendo-lhes poder, riqueza, sucesso, dizendo-lhes, por exemplo, que Deus quer que sejamos ricos.  Nunca inventar frases, palavras, verdades que teriam sido pregadas pelo Filho de Deus. Nunca ficar repetindo palavras ou frases decoradas há  todo momento, como quem não tem mais nada a dizer, senão repetir, repetir, e repetir, de forma irritante e cansativa.
            A iniciativa de ser missionário, de levar a palavra de Deus ao mundo, é antes de tudo, o atendimento de um chamado de Deus, com fidelidade absoluta aos ensinamentos de Jesus Cristo, da Igreja, e não uma iniciativa pessoal, visando remuneração  por parte dos homens. Até podemos ser recompensados financeiramente, pois o próprio Jesus disse aos apóstolos para que não levassem nada, nem comida, nem dinheiro, pois o operário merece o seu sustento.  Porém, o que não pode acontecer, é uma iniciativa evangélica para o enriquecimento próprio, com uma máscara de santidade.  
            Nunca também, usar o dom de cura ou de escrever par angariar dinheiro. Pois de graça recebestes, de graça deves dar.  Se alguém quiser  ajudar, fazendo alguma doação, é outro caso. Porém, tentar fazer da ação missionária um trampolim para enriquecer, é o contrário de tudo o que Jesus nos ensinou pela palavra e pelo exemplo.
            A  missão de evangelizar  é antes de tudo, uma  honra, pois quem está levando a palavra de Deus ao mundo é um escolhido pelo próprio Deus.  
            Em que consiste então o nosso salário?  Consiste em dar de graça o dom que de graça recebemos. Sem nunca usar os direitos que o próprio Evangelho nos dá.  Paulo nos afirma que ao mesmo tempo em que somos livres em relação a todos, somos escravos de todos, pela nossa  dedicação entrega integral ou quase total ao serviço do Reino...  O nosso salário está explícito nas palavras de Cristo. “ ...receberás cem vezes mais nesta vida e ainda a vida eterna...”
            Paulo nos ensina como devemos ser na nossa tarefa santa de pregar o Evangelho: adaptando-nos às pessoas as quais nos dirigimos. Sendo simples com os simples, para conquistá-los, para promover a sua conversão.
            Certa vez, em uma comunidade de carentes, foi um grupo de catequistas de uma paróquia da Catedral situada em um bairro de classe média, para fazer uma série de palestras. Infelizmente essa missão, para algumas pessoas, fez efeito contrário. Pois os exemplos dados nas falas dos  palestrantes, eram exemplos de suas experiências vitais, que não  tinha nada a ver com o seu dia a dia daqueles ouvintes, pessoas simples da periferia.
            Portanto, se somos da classe alta e não conseguimos descer até os humildes, é melhor ficar  catequizando para os do nosso nível, para não humilhar ou constranger os irmãos carentes. Deixe então que os humildes falem para os humildes.
colaboração SAL

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