EM 2014 juntos formaremos um mundo mais fraterno e humano...


29.07.2012 17º Domingo do Tempo Comum "Eucaristia: dom da inefável caridade de Deus" __

23-07-2012 14:56

No último domingo de julho preparamo-nos para celebrar o mês vocacional.  Rezemos pelos nossos padres e diáconos, pedindo a Deus pela sua saúde e pela fidelidade à missão. Preparemo-nos também para a abertura do Mes Vocacional, no próximo domingo. O tema das leituras de hoje alimenta nossa fé e nos faz mais unidos como Igreja, pois o pão eucarístico e um sinal do que devemos ser em nossa comunhão de vida. Foi por isso que o Senhor multiplicou os pães, alimentando a fome de vida e saciando a sede de comunhão.

Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16)

EVANGELHO (João 6,1-15)

6 1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galiléia (que é o de Tiberíades.)
2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em beneficio dos enfermos.
3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos.
4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.
5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?
6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer.
7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço.
8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes... mas que é isto para tanta gente?
10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil.
11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam.
12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.
14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.
15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte

------------------

O SINAL DA PARTILHA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O Evangelho de João apresenta sete sinais de Jesus, que correspondem aos milagres nos sinóticos. Esta cena da partilha dos pães é o quarto sinal. Os três Evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, também narram esta partilha dos pães. Nestes sinóticos, diante da grande multidão Jesus ensina e cura. Contudo, João se refere apenas à partilha dos pães e peixes, fazendo predominar na narrativa o seu caráter de sinal.

O evangelista João, ao mencionar a Páscoa como "a festa dos judeus", coloca-se a si próprio, bem como a Jesus, fora desta celebração tradicional de Israel. Assim também, no Evangelho de João, a última ceia de Jesus, em Jerusalém, não é realizada no dia da Páscoa, mas na sua véspera. Na Páscoa celebrava-se a morte dos egípcios e a saída do povo de Israel do Egito, para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã. Contudo, Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da multidão, ele comunica a vida.

João, em seu Evangelho, não menciona a partilha dos pães por Jesus na última ceia. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro com a grande multidão e tem um caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galiléia e de territórios vizinhos. Os evangelistas narram este episódio baseados na tradição das primeiras comunidades, a qual se inspirava na narrativa da partilha do pão feita pelo profeta Eliseu. Esta narrativa sobre Eliseu nos é apresentada hoje na primeira leitura. A solução do problema da fome e das carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do lucro.

É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em abundância.

É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e pobres e formando-se um só corpo e um só Espírito, no vínculo da paz (segunda leitura).

—————

Voltar



Crie o seu site grátis Webnode