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12.08.2012 -19º Domingo do Tempo Comum — "Quem comer deste pão viverá eternamente!" __

06-08-2012 16:32

Nesta semana, a Igreja nos convida a orar, refletir e trabalhar pela vocação para a vida em família, dando uma atenção especial aos pais. Diziam os conterrâneos de Jesus: "Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?" Justamente a família é o lugar principal para o desenvolvimento da fé e para o aprendizado das coisas de Deus. Rezemos, pois, por todas as famílias em dificuldade e peçamos a Deus que a família cristã seja um lar de fé, amor e fraternidade. Também não nos esqueçamos dos que se preparam para o matrimônio, afim de que assumam a vida em família com a seriedade de quem assume uma vocação abençoada por Deus desde o início da Criação.

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão vivo, descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver. Eu sou o pão vivo, descido do céu, amém aleluia, aleluia! (Jo 6,51)


EVANGELHO (João 6,41-51)

 

Naquele tempo, 6 41 murmuravam então dele os judeus, porque dissera: "Eu sou o pão que desceu do céu".
42 E perguntavam: "Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: 'Desci do céu?'"
43 Respondeu-lhes Jesus: "Não murmureis entre vós.
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia.
45 Está escrito nos profetas: 'Todos serão ensinados por Deus'. Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim.
46 Não que alguém tenha visto o Pai, pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai.
47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.
48 Eu sou o pão da vida.
49 Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram.
50 Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer.
51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo".

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"O PÃO QUE DÁ A VIDA!"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP

Coisa bonita é quando uma pessoa, que todos julgam importante, se apresenta de maneira simples, sem querer um tratamento especial, que a sua posição ou o cargo lhe conferem.

Certa ocasião, em um encontro em Aparecida, no momento da Santa Missa, os diáconos permanentes adentraram a sacristia da Basílica em horário adiantado, para não causarem transtorno aos demais celebrantes, mas quando começaram a paramentar-se, um funcionário do Santuário informou que o local dos Diáconos estava reservado no sub-solo, de onde entrariam por outro corredor para não atrasar a celebração que seria televisionada, foi quando chegou D. Diógenes, nosso acompanhante do Regional Sul 1, e que iria presidir a Eucaristia, e estranhando não ver os Diáconos se paramentando, foi informado que os mesmos estavam no sub-solo; então pegou seus paramentos e desceu para lá, para descontentamento do cerimoniário que era rigoroso na disciplina com a equipe celebrativa.

O resultado de tal gesto foi que os diáconos acabaram subindo, enquanto ele explicava a um redentorista “Eu também sou um Diácono de Cristo, estou com eles nesse encontro e os quero perto de mim durante a celebração”

Não vai aqui nenhuma crítica à organização e à disciplina, que deve de fato existir nos grandes eventos litúrgicos de uma Diocese, apenas pretendo realçar a postura humilde do nosso Bispo acompanhante, fazendo com que nos sentíssemos um bando de meninos “paparicados” pelo “paizão”.

Jesus gozava de grande estima entre alguns judeus, que viam nele um poderoso profeta, por causa dos seus milagres e prodígios, sempre feitos no Poder de Deus, como os grandes profetas que o povo venerava, mesmo depois de mortos. Mas no momento em que ele afirmou ser o pão vivo descido do céu, a encrenca começou, pois era uma afronta ao Deus Todo Poderoso, que fizera aliança com os seus pais, Aquele que através dos patriarcas conduziu o povo, falou com Moisés, colocando-o como libertador de Israel, derrotou os Faraós do Egito, abriu as águas do mar vermelho, enfim, era inaceitável que esse Deus Grandioso, altíssimo e Santo, estivesse em Jesus de Nazaré, pessoa simples do lugarejo, cuja procedência todos conhecia.

A verdade é que, um Deus na forma humana, era até causa de acusação e condenação á morte, porque ultrajava a todo Israel.

A história daquele povo, e a história da nossa vida, convergem para Jesus, Nele Deus nos atrai, provoca em nós um encanto que nos leva ao desejo de nunca mais nos separar dele, possibilitando a realização da profecia “Todos serão discípulos de Deus”, obviamente tornando-se discípulos de Cristo, quem segue a Jesus, segue ao Pai, quem ouve a Jesus, ouve ao Pai, eles estão em uma comunhão plena, na qual somos inseridos, não por nossos méritos, mas unicamente pela graça.

Os Judeus não acreditavam que o Deus misterioso escondido nos “Sete Véus” do Santo dos Santos, aquele diante do qual Moisés teve de cobrir o rosto, se tornasse assim de repente, alguém comum, que anda com o homem, como no paraíso, fala com ele e torna-se parceiro. Os que se fazem deuses neste mundo, na política, na economia e até mesmo no ambiente religioso, exigem submissão, obediência, adoração e honrarias, ficam sentados nos tronos da imponência, da prepotência, a espera que seus súditos venham lhes beijar os pés.

Divino e humano não podem estar no mesmo espaço, na mesma sala, na mesma mesa, em um mesmo nível. Imagine que o enviado de Deus ia baixar justo na Judéia, na Vilazinha de Nazaré... Como Filho de um carpinteiro, impossível! Entretanto, o Deus portador da Vida, realizador de todas as esperanças do povo, o Libertador por excelência, que tornava eminente o messianismo, estava de fato em Jesus de Nazaré, ele se apresenta como a única alternativa para se chegar ao Pai, como o único que viu o Pai e veio dele, o único que dá aos homens muito mais do que o alimento material, o alimento espiritual que os conduzirá á plenitude da realização humana, e tudo isso requer apenas um ato que é em sua pessoa, aceitar que nele Deus nos estende a mão, caminha conosco, sacia nossa fome, supri todas as nossas necessidades e nos dá a Vida Eterna.

O segundo passo é um pouco mais complicado para a compreensão dos Judeus e também para nós, temos que nos alimentar do seu corpo, do Pão que veio do céu, permitindo assim essa convivência pacífica do divino e humano em nossa vida, acolher a sua carne e sermos uma extensão do seu Ser Divino e Humano, deixando que o seu Espírito comande todas as nossas ações, sem que nos transformemos em super-homens, mas continuando a ser pobres mortais simples e pequenos, porém revestidos da grandeza do Divino, caminhando com ele para uma Vida que é Eterna, e que ultrapassa a qualquer realização humana nesse mundo.

Se não aceitarmos essa Verdade em nosso coração, nunca iremos ver esse novo horizonte descortinado por Jesus de Nazaré, e iremos sucumbir diante da espera inútil, por algo em que não cremos. Que o Senhor sacie nossa fome de Vida Eterna. Amém! (19º. Domingo do Tempo Comum João 6, 41-51)

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