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A VIDA QUE SE TORNA MISSÃO
30-09-2011 15:03Neste mês de Outubro celebramos em nossa paróquia dois momentos importantes: o mês das missões e o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
A essência da Igreja de Cristo é ser missionária. Desde os primeiros cristãos e discípulos de Jesus, a Igreja tem exercido a missão. Jesus nos deixou este mandato: “Ide ao mundo inteiro e anunciai a Boa Nova”.
Para onde ir? O que falar? Estas são as primeiras perguntas que nos fazemos quando sentimos o chamado. Todo cristão pelo batismo torna-se, em potencial, um missionário, isto é, recebe a missão de viver com Jesus e a testemunhar este discipulado.
Para onde ir?
Existem dois tipos de testemunho missionário:
1. sair de sua realidade pastoral e ir para outras realidades.
Muitos são chamados para ir além, deixando os seus familiares, amigos e comunidade para falar da Boa Nova de Jesus. Estes são enviados para outros estados e países. Temos muitos leigos, religiosas e padres que partem em missão. Podemos recordar quantos vieram para o nosso pais e quantos saem para outros países.
2. Evangelizadores da própria realidade paroquial.
Não podemos esquecer que onde nossa realidade paroquial, é terra de missão. Muitos ouviram falar de Jesus e até acreditam, mas ainda estão descompromissados com Ele e com o Reino de Deus. Existem em nossa paróquia muitas famílias que não colocam em prática a sua fé. Devemos ir até eles para falar de Jesus. Precisamos ser evangelhos vivos para que o Reino de Deus cresça entre nós.
O que falar?
Ninguém pode dar a outro o que não tem. Ninguém pode falar do que não conhece e vive. Devemos falar com a nossa vida. Não adianta decorar textos bíblicos e sair de porta em porta tentando convencer as pessoas. Isto é importante, porém, precisamos falar coma vida. O cristão precisa viver a sua fé num compromisso profundo com Jesus e com os irmãos. Existem duas formas de falar com a vida:
1. Testemunho pessoal: devemos, pelo batismo, ser sal da terra e luz para o mundo. O batismo nos abre as portas da Igreja para conhecermos melhor a Jesus, mas, nos compromete com a transformação da sociedade. Assim é preciso viver com autenticidade a nossa fé em todos os setores onde nos fizermos presentes. A fé que professamos se torna gestos concretos em nosso dia a dia.
2. Testemunho comunitário: não podemos pensar um cristão que não tenha vida de Igreja. A fé é comunitária e a comunidade é o local de expressão e partilha desta fé. Enquanto comunidade, somos chamados a semear, no mundo, os sinais do Reino de Deus. Quando nos reunimos em comunidade nos tornamos Igreja, isto é, corpo de Cristo.
Deus nos capacita para a missão: os dons.
1 Pd 4,10-11- Pelo batismo e na comunidade recebemos dons da graça e da misericórdia de Deus para o serviço dos irmãos e irmãs. Ninguém recebe os dons para si, mas para o serviço aos demais. São Pedro em sua carta nos deixa claro: “Como bons administradores da multiforme graça de Deus, cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu. Se alguém tem o dom de falar, fale como se fossem palavras de Deus. Se alguém tem o dom do serviço, exerça-o como capacidade proporcionada por Deus, a fim de que, em todas as coisas, Deus seja glorificado, por Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder, pelos séculos dos séculos. Amém.” Quando colocamos os nossos dons ao serviço, exercemos dentro da comunidade nossa ação missionária.
Assim somos todos missionários: em nossa própria terra ou em outras. Onde está a Igreja ali é terra de missão.
Maria: a grande missionária.
Neste mês de outubro celebramos também o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a grande missionária.
Dos vários títulos que Maria recebe em todo mundo, tenho um carinho especial pelo título de Aparecida, porque ela assumiu, pelos traços negros de sua pequenina imagem, a cultura do nosso povo sofrido. Maria assume o sofrimento de todos seus filhos, mas em especial dos pobres e marginalizados.
Na imagem simples de Aparecida temos um grande sinal missionário.
Maria é presença viva na Igreja. É a nossa mãe missionária que nos apresenta seu filho amado e nos convida a fazer tudo o que Ele nos disser, como nas bodas de Cana da Galiléia. E nossa mãe sempre presente em nossa vida, sempre atenta ao próprio desejo de seu Filho amada na cruz: “Eis ai teu filho”. Na pessoa de João, Maria assume toda a Igreja. Ela é a mãe da Igreja.
Concluindo, quero bendizer ao nosso Deus Uno e Trino por Maria nossa mãe querida e amada e pela Igreja povo de Deus presente no mundo como sinal missionário do amor de Deus.
Pe. José Sidney Gouvêa Lima
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